Numero de Visitas

quarta-feira, 20 de março de 2013

CEGUEIRA

Cada batida é um tortura
Cada respiro é um tormento
O que faço com a vida
Só quero paz nesse momento. 

Cada lágrima que derramei
Foi banhada pela dor
Do passado que não volta
Das lembranças do amor. 

O que fiz, o que farei
Me perco nas entrelinhas
Não sei o que passei
Onde irei, por que irei.

O ar exala seu cheiro
Nas paredes fotos incolor
Nas palavras, agulhas pontudas
Em minhas palavras, apenas a dor. 

O coração que sobrevive
Às cicatrizes que ficaram
Atormentado pelos pesadelos 
De sonhos que me excitavam. 

Do sorriso restaram as linhas
Marcadas pela saudade
O rosto que era corado
Agora é tão pálido. 

Não há como saber
Não há como fugir
É um círculo que persiste
É um fim que recomeça. 

Orquestrada a armadilha
Almejada e vigiada
Tão covarde foi o bote
Que o veneno levou a morte. 

O discurso perturbador
A luxúria  repugnante 
O amor que lhe dedicara
Virara pó naquele instante. 

O que virá é um mistério
O tempo é o senhor ventrículo
As promessas que não cumpriu
Me repetem ao mês de abril.  

Eram apenas palavras
Escritas na areia
Levadas pelas ondas
Do mar na maré cheia. 

Não sei se o que virá
Será a fênix renascendo 
Ou a morte por solidão
No mundo do esquecimento. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário