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domingo, 18 de setembro de 2011

Praga

O que plantou em mim?
Que semente tão intrigante
O tempo não apagou
Germinou no mesmo instante.

Suas raizes estão fincadas
Seus frutos estão maduros
O orvalho cai sobre as folhas
São saudades dos tempos puros.

Seu olho de jabuticaba
Seus labios de favos de mel
Me encantaram no primeiro contato
Me levando voando ao céu. 

Não entendo tal sentimento
Não sei o por que persiste
Na prática foi apenas uma lua
Na teoria, nem mesmo existe.

Eu sei que é pra sempre
Eu sei que ficará em mim
Eu sei que pode parecer bom
Mas na verdade é ruim.

Sua presença me segue
Como minha sombra à luz do sol
Mas quando é noite não está comigo
Nos meus sonhos me fisga como um anzol.

Meu consciente é inconstante
Meu inconsciente é atuante
Meus pensamentos são confusos
Está neles a todo instante. 

São fios dourados cobertos de fogo
São mãos maciças cheias de força
Me possui todo diariamente
Me condena à abstrata forca. 

Um dia é um dia 
Uma data é uma promessa
Um encontro é um iluminar
A paciência me pede pressa.  

Me conformo no incomodo
Não me vejo sem sua sombra
Não quero morrer em delírios
Quero te ter
Me beija, me abraça, acorda
Não sonha. 


sábado, 17 de setembro de 2011

Perdido

Seu olhar está tão vago
Sua pupila dilatada
Sua voz um dia cantara
Hoje está cansada.


Foi um susto que me tomara
Foi o saber tão retardado
Um lacrimar sacrificado
Um almejar tão esnobado.


O sol está opaco
Os livros de Alencar empoeirados
Onde está a vida acesa?
Se apagou com o pecado.


Me amarra com teus cabelos
Sedosos, Lisos, dourados
É uma árvore que não frutifica
É uma lagarta em cada galho.


Sua nascente está secando
O curso mudou de rumo
O néctar já não é doce
O amor tornou-se amargo.



O branco manchou-se em preto
O desejo é obsseção
O fogo se tornou gelo
Quebrou-se meu coração.


Um leque de escolhas
Um oceano de dúvidas
Um labirinto de opções
Mas somente um sentimento.


Atormentado pelo sabor
Um sabor tão apimentado
Um cheiro de orgasmo no ar
Me deixa agitado.


A opinião de quem olha por fora
Me deixa deveras inquieto
A peçonha é jogada de longe
As consequencias sentidas de perto.


A brisa que sempre acalma
A ventania que sempre amedronta
O ser humano que é uma incognita
O amor que NUNCA me encontra. 

domingo, 4 de setembro de 2011

Ao desconhecido

Foi um dia de verão
Me perdi na solidão
Uma estrela no céu brilhou
Iluminando meu coração.

Sua face não pudi ver
Mas sua alma é muito franca
Suas palavras me penetraram
Cativando minha confiança.

O seu olhar deve ser doce
Seu toque aveludado
Sua voz uma orquestra
O seu beijar um sonho alado.

Me questionei que dia estranho
Portas fechadas decidi abrir
Meu coração que se quebrara
Uma esperança encontra ali.

É indeciso na decisão
Não está tão certo assim
Seu destino é tão incerto
Talvez um dia estará afim.

É uma confusão tão clara
É um amar tão complicado
É um desejar tão incerto
É um sonhar apenas sonhado.

O sol nasce sempre brilhante
Mas nunca nasce igual
Quem sabe assim como o sol
A mudança será tal qual.

Não sei o por que dessas barreiras
Pois são barreiras abstratas
Mas são essas as piores barreiras
Barreiras essas  tão pacatas.

Sei que ao tocar será inesperado
Sei que poderá não amar
Mas sei que o amor sempre é amado
E a paciência é virtude 
Para mudança de hábito.

É apenas uma metáfora
Não vê? está se degradando
A luta que trava contra o que sente
É uma luta que se morre lutando.

A natureza é muito astuta
Procura a perpetuação
Mas nem tudo é tão orquestrado
Para um apaixonado coração.

O pensar nos torna sábios
O sentir nos torna humanos
O que pensamos ser o certo
Muitas vezes é apenas engano.

Mais vale um amor estranho
Que o amor normal e infeliz
O estranho as vezes é bom
Mas o infeliz é sempre infeliz.


Por que o amor diferente
Não pode ser vivido?
É um amor como outro qualquer
Não é um amor proibido.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

 Arrependimentos

Seus olhos estão cerrados
um zíper de proprio engano
um ano meio impróprio
que se repete em cada ano.

*
Suas escolhas lhe refletem
Mas sua alma é obscura
Seu verdadeiro Eu
Nao se vê, so se tortura.
**
Teus cacos não se colam
Teus lábios dizem que não
Mas teu espelho são teus olhos
E não se engana o coração.
***
Olha o sol que brilhante
Simples e verdadeiro
Não precisa ser um ogro
Seja um doce cavalheiro.
****
Seus passos não são seguidos
Seu andar não é vigiado
Muito menos os seus amores
Pare!
Nada disso é necessário. 

*****
Seu consciente é inconsciente
Nada mais faz sentido
Abandone esses seus medos
Melhor viver que não ter vivido.
*...*