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sábado, 17 de setembro de 2011

Perdido

Seu olhar está tão vago
Sua pupila dilatada
Sua voz um dia cantara
Hoje está cansada.


Foi um susto que me tomara
Foi o saber tão retardado
Um lacrimar sacrificado
Um almejar tão esnobado.


O sol está opaco
Os livros de Alencar empoeirados
Onde está a vida acesa?
Se apagou com o pecado.


Me amarra com teus cabelos
Sedosos, Lisos, dourados
É uma árvore que não frutifica
É uma lagarta em cada galho.


Sua nascente está secando
O curso mudou de rumo
O néctar já não é doce
O amor tornou-se amargo.



O branco manchou-se em preto
O desejo é obsseção
O fogo se tornou gelo
Quebrou-se meu coração.


Um leque de escolhas
Um oceano de dúvidas
Um labirinto de opções
Mas somente um sentimento.


Atormentado pelo sabor
Um sabor tão apimentado
Um cheiro de orgasmo no ar
Me deixa agitado.


A opinião de quem olha por fora
Me deixa deveras inquieto
A peçonha é jogada de longe
As consequencias sentidas de perto.


A brisa que sempre acalma
A ventania que sempre amedronta
O ser humano que é uma incognita
O amor que NUNCA me encontra. 

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