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domingo, 12 de maio de 2013


Ciclo

São olhares que retornam
São fragrâncias que invadem
As lonjuras que doíam
São fases de novas fases. 

Nos acertos sempre erro
Sensações que me confundem
Com isso sou castrado
Pelo desejo certo (errado). 

O medo que paralisa
Que cala a voz sagaz
Que treme as mãos calosas
Do coração que volta atrás. 

A beleza da alma brilhante
Do sorriso que invade meu eu
A pele que toca e arrepia
Só queria poder dizer que é meu. 

Inspiração que me volta gritante
Amores que sofrem de amor
Não existe sentido no nada
Perdido em saudades de dor. 



quarta-feira, 20 de março de 2013

CEGUEIRA

Cada batida é um tortura
Cada respiro é um tormento
O que faço com a vida
Só quero paz nesse momento. 

Cada lágrima que derramei
Foi banhada pela dor
Do passado que não volta
Das lembranças do amor. 

O que fiz, o que farei
Me perco nas entrelinhas
Não sei o que passei
Onde irei, por que irei.

O ar exala seu cheiro
Nas paredes fotos incolor
Nas palavras, agulhas pontudas
Em minhas palavras, apenas a dor. 

O coração que sobrevive
Às cicatrizes que ficaram
Atormentado pelos pesadelos 
De sonhos que me excitavam. 

Do sorriso restaram as linhas
Marcadas pela saudade
O rosto que era corado
Agora é tão pálido. 

Não há como saber
Não há como fugir
É um círculo que persiste
É um fim que recomeça. 

Orquestrada a armadilha
Almejada e vigiada
Tão covarde foi o bote
Que o veneno levou a morte. 

O discurso perturbador
A luxúria  repugnante 
O amor que lhe dedicara
Virara pó naquele instante. 

O que virá é um mistério
O tempo é o senhor ventrículo
As promessas que não cumpriu
Me repetem ao mês de abril.  

Eram apenas palavras
Escritas na areia
Levadas pelas ondas
Do mar na maré cheia. 

Não sei se o que virá
Será a fênix renascendo 
Ou a morte por solidão
No mundo do esquecimento. 


segunda-feira, 18 de março de 2013


Encontros de desencontros

Conhecido num passado distante
Diante do mero casual
Guardei teu nome, teu rosto
E uma lágrima no canto do olhar. 

Muitos dias raiaram brilhantes
Muitas luas minguaram celestes
O recalque se fez necessário
Pra viver sem a dor que persiste.

Guiado pelo destino traquino
Sem nada dele recordar
Uma simples pele branca
Fez o seu olho brilhar. 

Era a mesma pele macia
Era o mesmo olhar gentil
Mas não era o mesmo que antes
Negara um antigo sorriso senil. 

No outono as folhas caíram
Como de costume o tempo passou
O mundo girava e girava
Até que numa hora parou.

De um lado um coração marcado
Pelo início do fim que regressa 
Do outro um coração conformado
Pelo amor que nunca lhe deram. 

Nostalgias vieram à tona
De nada serviram as armas
Como o dia de chuva que chora
Dessa vez, preparei-me pro ataque. 

Descobri seu teto frágil 
De cristal com pequenas fissuras
Suas palavras ríspidas camuflavam
Uma pele que exala ternura. 

Um doce coração ferido
Tratado pelas águas do mar
Repousa nas areias frias
Mas lhe falta o calor do sonhar.

Rendido pelo veredito incerto 
Atormentado pelo passar dos segundos
Um tempo que chega e não chega
A incerteza do fundo sem fundo.

Quero estar ao seu lado cuidando
Para um dia ouvir-lhe dizer
Sobre as rugas no rosto deixadas
Pela vida que pôde viver. 


Os caminhos são difíceis e árduos 
São provas de coragem e dor
Segure na mão que te estendo
Sobreviva para viver o amor. 



(Ao passado que retorna)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Bodas de Pompom

De amores e sabores
Vida, luz e saudade
De tesão que arde e queima
Amor que ama de verdade.

Lágrima que cai e inunda
Aperto que invade o peito
Sorriso que abre caminhos
Sonhos que transformam-se em beijos.

Se asas tivesse contigo
Serias um anjo alado
Sem asas está sempre comigo
Guardando quando sonho acordado.

De tempo vivemos em falta
De abraços sentimos o frio
A fala temos à vontade
De olhares só tenho o vazio.

Me ajuda a ter eternamente
Teu amor, teu abraço, tua face
Definhando morreria sozinho
Vem a mim, pois é tudo verdade.


sábado, 28 de abril de 2012

Uma doença chamada saudade

A lágrima desce no canto do olhar
São lembranças que passam num grande telão
O amor que projeta o que de lindo vivi
Sua falta se faz presente, me faz sofrer, me faz morrer.

Seu sabor ainda está em minha boca
Seu calor ainda me protege do frio
Seu toque me arrepia ainda que de longe
As palavras são ouvidas pelo meu estilhaçado coração.

São pulsões de tristeza que me contaminam
São carências banhadas pela saudade 
O que quero é tão simples e por você sabido
Eu te quero ao meu lado
Por toda a eternidade.

Seu sorriso tão sincero
Me deixa em êxtase fascinado
O que você faz comigo
Me deixa um bobo apaixonado.

Conto cada por-do-sol
Os dias para nosso encontro
O dia do amor eterno
Da paixão, da doce ternura. 

Sua voz não ecoa em meus ouvidos
Me isolo na escuridão da solidão
O som do silêncio me enlouquece
Estremece minha base 
Chora meu coração.


sábado, 10 de março de 2012

Alude 

Seus olhos inocentes, selados
Seu brilho, guardado
Sua malícia, intacta
Seu amor, somente meu. 

Suas palavras de amor eterno
Me encantam, me fazem sonhar
Seu perfume de rosas vermelhas
Me embriagam, me deixam cambalear. 

O tempo passa, as folhas secam
As flores abrem suas pétalas, 
Abelhas fazem o mel,
Meu coração continua te amando,
Perpetuando o amor tão puro,
Transparente e tão ardente,
Brilhante, como as estrelas do céu . 

Anéis são símbolos torpes, 
Marcados por fogo e paixão
Carregados de histórias e lágrimas
De sabores, clamores, fusão. 

Te amo, me ama, apenas
O resto é detalhe, desculpa
O valoroso é interno, eterno
O que me move é essa doce loucura. 

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Votos de um poeta 

Palavras singelas
Escritas ao acaso
Pensadas à risca
Sentidas a fio.

Amores perdidos
Tempos levados
Sorrisos brilhantes
Amarelos ficados.

Saudades intensas
Pessoas, fronteiras
Imagens que emocionam
Sonhos, besteiras. 

Quadros pintados 
Linhas escritas
Gestos demonstrados
Roupas vestidas.

Em meados o fim
De inicio terminou
O que era eterno
Enfim me deixou.

Externalização do interno
Do imaginário ao real
Do amor ao ódio
Do importante ao banal. 


Novos e fortes
Experiente e maduro
Ingênuo e frágil
Amor é contágio.  


Olhar de astro

Basta pensar em ti
Não necessita o concreto
Teu amor é tão forte
De longe, de perto. 

Meus olhos se encharcam
Ao pensar na estrada
São curvas e curvas
Que longa jornada.

Me vejo e te vejo
Sonho acordado
Espero sentado
Olhando o luar.

Estrela-guia longínqua
Constelação nomeada
Perdida no espaço
Querida e amada. 

Somando palavras
Visões que não vejo
Vozes que ouço 
Toques que almejo. 

Lençóis que me cobrem
Confortáveis e gélidos 
Pele fina e quente
Ardente e carente.

Necessito atrito
Preciso do amor
Seja onde estiveres 
Me leva onde for.  


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Metalinguagem

Amor,
Seus braços,
Me guardo,
Te aguardo.


Primavera, verão
Outono, inverno
Louvado coração
Senhor do eterno. 


Dias de noite
Noites de frio
Pele que aquece
Arrepio, arrepio. 


Falta, presença
Ânsia, distância
Perfumes, odores
Ópio, assonância. 


Palavras,
Descritas,
Vividas,
Ouvidas.


Na beira do lago
Reflete a imagem
Não é minha, é sua 
É nossa, miragem. 



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


Saudade, de acordo com o coração

Sinto-me sem forças
Sem vontade de olhar para o céu
Com um aperto que me aperta e domina
É saudade que consome meu Eu. 

Seu cheiro, presença e pele
Me rodeia, ja é parte de mim
Seus cabelos pretos graúna
Me encantam, tadinho de mim. 

Só queria seus olhos nos meus
Seus lábios vermelho urucum
Um abraço apertado, demorado
Expressando teu amor que é meu. 

Caminhos, estradas de pedra
Montanhas, asfaltos e rios
Climas, paisagens e sol
Diferenças, distancias, o mal. 

Passa o tempo, crescem as barbas
Caem as folhas, desabroxam as rosas
As lágrimas secam, os sonhos são realidade
Amores de verão, que perduram....
Do mito à realidade.